segunda-feira, 28 de novembro de 2011

É possível proteger nossos filhos de todos os perigos?

Um vídeo divertido que mostra como a mediatização frequente de alguns assuntos podem criar um ambiente de ansiedade e desconfiança. Tal como já afirmamos neste blog, o clima de confiança é fundamental na educação dos nossos filhos. Outros vídeos como este podem se encontrados em aqui.

Fonte: http://www.yapaka.be

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mamãs nas redes sociais: novos alvos publicitários

As mães, nomeadamente aquelas que o serão pela primeira vez, têm sido um constante alvo para a publicidade. Veja neste link aqui, a campanha iniciada por uma marca de água conhecida que têm como alvo as futuras mamãs. Ainda que não tenha dados estatísticos, tenho notado que as redes sociais são canais cada vez mais frequentes para atingir esse segmento de público. As mensagens são, geralmente subtis, evocando o lado doce de ser mãe, mesmo nos momentos mais difíceis. E, mesmo o slogan da campanha, não foge à pressão sobre a maternidade: uma mãe deve ser criativa, bonita, jovem, sempre arrebitada. Era bom se fosse mesmo assim.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Screen time: qual é o limite?

Quanto tempo que devemos deixar nossos pequenos a ver televisão (e quem diz TV, não exclui os demais medias eletrónicos)? A Sociedade Pediátrica do Canadá propõe que o tempo máximo não deve ultrapassar as duas horas diárias e que a televisão não deve fazer parte da rotina da criança. Será, no entanto, a restrição o melhor caminho para a educação? Vale a pena ler as dicas e confrontá-las com  outras fontes igualmente credíveis, para além de se questionar sobre seus hábitos e valores.
Essas e outras dicas poderão ser encontradas no jornal que acabo de criar no Paper.li. Através do Literacia Mediática & Saúde pretendo aumentar as fontes de informação sobre literacia mediática e informação de saúde, cuja a relação é objeto de estudo do meu doutoramento. Uma vez que o Paper.li procura fazer um clipping das notícias que circulam na rede sobre o tema, será possível encontrar respostas para questões relacionadas com o mundo mediático que nos cerca e a nossa saúde e é, claro, isso também tem relação direta com a educação que damos aos nosso filhos.
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Gravidez em tempos de crise

Numa época de incertezas como a que vivemos, informar-se através de uma fonte segura é o primeiro passo a dar para tomarmos decisões sobre gravidez e ter um filho. O "Vamos ter uma criança" é o nome do projeto que encontrará no Portal do Cidadão e que a ajudará a responder desde questões legais sobre a gravidez, como, por exemplo, os apoios sociais e as dispensas de trabalho, até a definição do nome a escolher para a criança. Para aceder ao portal: Portal do Cidadão - 2 - Estar grávida.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Publicidade: quando é hora de parar e conversar?

Diário # medialiteracy traz dicas muito interessantes para saber se os nossos filhos estão a ver muita televisão. Como eles não veem TV da mesma maneira que nós, vale a pena fazer algumas perguntas para perceber de que forma os comerciais ou os desenhos animados os afetam e, assim, orientá-los.
O meu filho tem apenas 3 anos e não gosta de muitas perguntas todas de uma vez. Muda sempre de assunto e recusa-se a respondê-las. Portanto, a técnica que utilizo para o compreender melhor e para que a comunicação seja mais interessante e eficiente é andar devagar... uma pergunta hoje, duas manhã. Eles acabam por perceber, se houver diálogo, paciência e amor.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Literacia para os tempos de crise...

...Depois de um logo tempo distante do blogue (acreditem, por falta de tempo, mesmo!), achei importante deixar aqui algumas dicas simples para economizar nesses tempos de crise. Alguém pode pensar: o que isso tem a ver com literacia para mamãs? E a resposta é: tudo! Saber economizar quando os tempos exigem é uma importante lição de cidadania a dar aos nossos filhos. Será que não estamos nos deixar enganar pela publicidade, quando pagamos mais caro por determinada de marca de produto? Ou, não será mais saudável e barato comermos em casa no lugar de gastarmos dinheiro com comidas plásticas (fast-food)? Veja mais pistas como essas em http://www.circleofmoms.com/article/top-10-wastes-money-families-can-avoid-00949?trk=fbfp

fonte: Circle of Moms

terça-feira, 21 de junho de 2011

Crianças em frente à televisão...

...pode não ser  assim tanta perda de tempo quanto parece. Não que elas devam ficar muito em frente à telinha, mas o fato é que, mesmo quando estão a ver televisão, as crianças estão a aprender. Por volta dos dois-três anos, elas já identificam imagens favoritas e são capazes de ver e rever a mesma cena vezes sem conta é o que diz a pesquisadora e especialista britância em literacia, Carry Bazalgette. Para além disso, as crianças nessa idade são verdadeiras máquinas de reter informação e transforma-lá em algum tipo de conhecimento. 
"Children of two, three, four years old are learning machines: that’s what they do. They learn. They may not learn what we want them to learn, but everything they encounter or do on tributes to their learning: they learn more at that age than they ever will at any other stage of their lives. None of us has the learning capacity of a two-year-old". (Carry Bazalgette)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bigmãe.com é um dos blogues

... mais visitados em Portugal. Escrito por uma pedagoga, o blogue foi criado com  "o objectivo de abordar temas relacionados a filhos, educação infantil, vida familiar, saúde da família, temas educativos e outros". A sua posição na lista dos mais visitados não me causou espanto e é mais uma prova do impacto das novas tecnologias na forma como as novas mamãs buscam informação sobre a sua condição de mãe, cada vez mais mediatizada. O Bigmãe.com também é uma boa forma de confirmar e até entender melhor os desafios impostos pela cultura dos media na criação dos filhos.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Apple acaba de lançar um aplicativo...

...para a judar aos pais a cuidar melhor do seu bebê. É o que mostra notícia publicada no site do Jornal Expresso. De acordo com a notícia, o "baby manager" "é uma ajuda valiosa para os pais, permitindo-lhes entender melhor os ritmos e horários dos seus filhos, numa fase do crescimento que requer inúmeros cuidados".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Bebés têm contato com os media desde...

...o primeiro ano de vida, relata estudo realizado na Finlândia. De acordo com tal pesquisa, que incluiu crianças e bebés de 0 a 8 anos de idade, os gostos mediáticos das crianças começam a ser moldados muito cedo e os pais são muito importantes na fase do contato mediático feito em casa. Tal como refere o estudo

The promotion of children’s media literacies should be adjunct with life-long learning from the very beginning. Families with small children should be provided with more information on children’s media cultures and media education.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O blogue da mulher-maravilha

Apenas uma pequena nota sobre como a web 2.0 tem servido para dar autonomia às mães, nomeadamente aquelas que acabaram de conhecer a maternidade. Nos Estados Unidos e também na Europa tem surgido uma série de blogues e páginas no facebook, por exemplo, feitas por mães sem colocação no mercado de tabalho tradicional e que se dedicam a escrever sobre moda, decoração, housekeeping, economia, maternidade, culinária, saúde e, porque não, sobre literacia e outros temas ligados à educação dos seus pequenos. Elas descobriram que podem fazer o que gostam, estar mais tempo ao lado da família e ainda ganhar dinheiro com isso, atavés da venda de patrocínios e espaços publicitários. É engraçado ler no perfil dessa nova geração de mães a descrição da maternidade com certo orgulho e que não é incompatível com outas tarefas do dia-a-dia.

terça-feira, 3 de maio de 2011

As mães são fequentemente alvo...

... de discursos populares e culturais sobre maternidade. Não é novidade nenhuma o quanto esses discursos passa pelos media. Ainda, assim, ainda há poucas pesquisas dirigidas à literacia para as mamãs. Pensando nisto, a Demeter Press deve publicar ente 2012 e 2013 uma revista que englobe questões relacionadas com a maternidade e multiliteracias. Entre os assuntos que se pretende discutir estão: literacia para a família, que envolve questões de género; novas literacias, tais como o uso do Facebook pelas mães, gravidez na adolescência, adoção, relações de escolaridade das mães e dos filhos, matenidade e alfabetização, ente outros. Esse é tipo de notícia que traz-nos uma ansiedade boa. É esperar para ver!

domingo, 17 de abril de 2011

"Bebeteca é opção para crianças de até 3 anos"

Contribuir para a formação de futuros leitores e incentivar um espaço de descobertas para crianças de zero a três anos é um dos projetos que podem ser desenvolvidos dentro de uma "bebeteca", a biblioteca para os bebês. A bibliotecária e professora de educação infantil Cristiane de Paula Momesso Garcia Luiz apresentou esta ideia durante o curso sobre hemerotecas desenvolvido pelo Ler para Crescer. Ela realizou seu trabalho de conclusão de curso na Unesp (Universidade Estadual Paulista) discorrendo sobre o tema.

O proposta é atender as crianças menores junto com os pais e ou acompanhantes proporcionando, de forma lúdica, um encontro agradável entre o mundo dos livros e o mundo da crianças, levando em consideração as necessidades e imaginação infantil. Para continuar a leitura, clique no link abaixo:
Fonte: Ler para Crescer

terça-feira, 12 de abril de 2011

Como conversar com as crianças sobre a violência veiculada nos media?

Este é o título do artigo publicado na revista da semana que se passou e que abre um debate sobre como conversar com as crianças sobre a violência nos media. O assunto que motivou esse debate foi a morte de 12 crianças numa escola do Rio de Janeiro. A discussão foi aberta com a psicanalista Maria Rita Kehl, mas você contribuir, dando a sua opinião através do site da revista. Ao aceder a revista, também vai encontrar a primeira de uma série de entrevistas que vai discutir a educomunicação.No trabalho que realizou sobre "As crianças, a guerra e os meios de comunicação", Sara Pereira, que "é importante não esconder das crianças a realidade, ainda que essa realidade possa ser dura e cruel." Especialista na relação das crianças com a televisão, Sara diz que não há porque se preocupar com os efeitos que as imagens de violência possam causar, pois cada criança é um ser único e não vive as mesmas experiências do mesmo modo.
Uma pista deixada pela autora para debater o assunto dentro da escola e, que penso, pode ser muito útil para as mães que são abordadas por seus filhos em casa é que "antes de iniciar qualquer diálogo, é desejável indagar sobre o que as crianças sabem, o que sentem, e como explicam os acontecimentos" vistos através dos media.

Referência Bibliográfica
Pereira, S (2003). As crianças, a guerra e os meios de comunicação. Universidade do Minho, em http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4397/1/Crian%C3%A7as-MCS%26Guerra.pdf, acedido em 12/04/2011.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Existe idade certa para ter telemóveis?

Esta não é uma questão de fácil resposta e, antes de entregar ao seu filho de seis ou sete anos um aparelho do último modelo é preciso, em primeiro lugar, saber se a aquisição é por necessidade ou apenas para satisfazer uma vontade da criança. Se decisão foi sim, então, é preciso dar o segundo passo: estabelecer limites de uso e por último, mas não o menos importante, ensinar responsabilidade.
Fonte: Circle of moms

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A literacia materna é o maior determinante do futuro sucesso académico das crianças...

...superando outros factores tais como vizinhança e renda familiar. A análise, realizada por Narayan Sastry, Ph.D., da Universidade de Michigan, e R. Anne Pebley, Ph.D., da Universidade da Califórnia, Los Angeles, examinou dados de mais de 3.000 famílias. O estudo foi financiado pelo Instituto Nacional de Saúde norte-americano. Com o estudo, os pesquisadores pretendiam isolar fatores que contribuem para a disparidade de desempenho académico entre crianças de baixa renda e as de bairros ricos. Os autores descobriram que as mães como maiores níveis de literacia eram mais propensas a ler regularmente para as crianças, ter livros infantis em casa e desfrutar da leitura, e outros comportamentos que afetam as competências das crianças. Supreeende, no entanto, que num inquérito sobre o tema, mais de 50% dos que responderam não tenham manisfestado interese num eventual programa de literacia parental.
Fonte:NIH (National Institutes of Health)

terça-feira, 5 de abril de 2011

"A educação para os media...

...deve envolver o diálogo entre gerações." A frase do professor David Buckingham, que há 25 anos estuda o relacionamento das crianças e jovens com os media, ilustra a necessidade de tomar a família como lugar para se aprender a lidar com os meios e não apenas as escolas. Pois, não há dúvidas que o maior contato das crianças, mas também dos adultos, com os media acontece dentro de casa.

domingo, 3 de abril de 2011

É de pequenino que se torce o pepino...

... diz o provérbio, a indicar-nos que é desde cedo que se começa a aprender. Assim, é importante que o primeiro contato das crianças com os media seja feito de forma, ao mesmo tempo, "esclarecida" e divertida. Os jornais podem ser utilizados pela mãe, em casa, ou pela educadora, na creche, para que as crianças aprendam a reconher letras, números e formas. Mónica Gil López trabalha com crianças de uma escola da base militar na Colômbia. E, nessa escola, o professor chama a atenção das crianças:"os jornais não são para se sentar, são para ler". As histórias são lidas em voz alta e o conteúdo dessas histórias é discutido em sala de aula. Gil López desenvolve o "Projeto Hereo", no qual as crianças aprendem a identificar diferentes tipos de herois com a leitura de jornais pelos professores- aqueles que são reais daqueles da ficção. Num dos trabalhos que desenvolveram, as crianças visitaram estudantes universitários que ajudavam famílas carenciadas, levando-lhes roupas e brinaquedos.
Para além disso, aprender com os jornais tem, à partida, duas vantagens: são mais baratos que jogos com letras tradicionais e mais ecológicos.
Fonte: Jornal e Educação

quinta-feira, 31 de março de 2011

Primeiro contato com bebidas alcoólicas...

dos adolescentes entre 12 e 14 anos, nos EUA, é feito através dos pais. A afirmação faz parte de um estudo recentemente divulgado pelo serviço público norte-americano de saúde mental e aduso de substâncias (SAMSHA). De acordo com o estudo, 44, 8% dos adolescentes que haviam consumido álcool no mês anterior à realização da pesquisa tinham tido acesso à bebida no seio familiar e, em 15,7% dos casos, a oferta tinha partido dos próprios pais. Mas a consciência da gravidade sobre os efeitos das drogas e outras substâncias que podem causar dependência na saúde só vem com a capacitação, sobretudo dos pais ou responsáveis. É importante ressaltar que, de acordo com o relatório, os adolescentes que començam a consumir bebidas alcoólicas antes dos 15 anos têm seis vezes mais chances de apresentar problemas nesse sentido aos 20 anos. A pesquisa serve-nos como alerta e, também, para refletirmos sobre o tipo de cidadãos que queremos no futuro.

quarta-feira, 30 de março de 2011

As mulheres se expõem mais...

... na internet que os homens. Este é o título de uma notícia publicada hoje no portal Cienciahoje.pt e que dá conta da utilização das redes sociais na busca por auto-afirmação social. De fato, não é raro observarmos como as mulheres são mais felizes, bonitas e criativas e, muitas vezes, supermães nas redes sociais e como esse "eu" feminino é amplamente documentado através dos álbuns de fotografias. O especialista da Universidade de Buffalo, Michael A. Stefanon, que conduziu o estudo com cerca de 300 pessoas, explica que:
"Aqueles cuja auto-estima é baseada nas contingências relacionadas com a percepção dos outros, aqui definidas como a aprovação dos outros e aparência física, partilham mais fotos on-line e com maior intensidade".
Nas crianças a auto-estima é construída quando elas fazem aquilo do qual sentem orgulho. Como sugere o artigo "Literacia para pequeninos", os modelos apresentados enquanto são muito pequenas é importante para que elas construam a sua personalidade não baseadas nos contos-de-fada e noss super herois da TV, mas nos exemplos da vida real.

PS. Um agradecimento ao Luís Pereira que compartilou o link desta notícia do Ciência hoje, no Facebook. E ao professor Manuel Pinto,que há muito tempo tinha me apresentado o artigo sobre literacia para os pequeninos, mas que só agora eu pude ler com mais calma.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Até aos 13 anos de idade...

...as crianças ainda se sentem pouco confiantes com relação ao uso da internet. Em relatório recentemente publicado, apenas 22% dos rapazes, entre os 9 e os 12 anos, e 18% das raparigas da mesma idade, afirmaram ser realmente verdade o fato de saberem mais sobre o uso das ferramentas online que os seus pais. As capacidades de acesso seguro estão intimamente ligadas às competências necessárias para lidar com as ferramentas digitais. A pesquisadora e coordenadora do relatório, Sônia Livingstone, sugere no documento que, quanto mais as crianças forem incentivadas a fazer uso da internet mais aptas elas estarão para lidar com este meio. Incentivar, no entanto, não é ligar o computador e deixar que elas descubram, por si próprias, "como navegar com segurança". Isso exige, como aponta o relatório, uma preocupação não só dos professores, mas também dos pais. O relatório não abrageu o uso feito pelos mais pequeninos. Mas quanto a esses, não é preciso lembrar que o conhecimento das mães deve estar fortalecido, para quando, na idade em quem as crianças já afirmam ter mais conhecimentos do online que seus pais, por volta dos 13 anos, seja possível crer que a confiança que eles afirmam ter se traduz, de fato, em safety skills.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A televisão continua a ser....



...a grande ama eletrónica das crianças com menos de 8 anos, principalmente nos lares com menos poder aquisitivo e instrução, embora, cada vez mais, elas tenham acesso um maior número de dispositivos digitais. O relatório publicado pela organização de Joan Ganz Cooney já pode ser visto na íntegra aqui

terça-feira, 15 de março de 2011

80% das crianças com 5 anos...

... utilizam a internet nos EUA, aponta estudo divulgado nesta segunda- feira pela organização sem fins lucrativos, Joan Ganz Cooney Center. O relatório utiliza dados de sete estudos recentes, que indicam que as crianças, cada vez mais, consomem todos os tipos de media digitais, em muitos casos, mais de um de cada vez. O relatório também revela que mais de 60% das crianças, com três anos de idade, já assistiram vídeos on line.
As informações aqui publicadas ainda podem sofrer algumas correções, uma vez que ainda não foi possível aceder ao relatório na íntegra.
Fontes: Mashable

A glamourização da maternidade...

é um tópico que deve ser levado em consideração na análise dos conteúdos mediáticos relativamente aos papéis dos pais. Neste artigo, publicado no The Wall Street Journal, Erica Jong fala das pressões sociais exercidas sobre as mães, impondo sobre os cuidadores um sentimento de culpa, e na forma como essas representações de "mãe ideal" são reproduzidas pelos media. O modo como gerimos os recursos da vida familiar (psicológicos, materiais e sociais), sem deixar que essas pressões nos esmaguem, também são importantes para que exerçamos a maternidade/paternidade com dignidade.

If you are busy raising children without societal help and trying to earn a living during a recession, you don't have much time to question and change the world that you and your children inhabit.

domingo, 13 de março de 2011

A leitura em voz alta...

... é um importante exercício para preparar os nossos filhos para o mundo das letras. Os nossos filhos estão em constante aprendizagem e o que eles aprendem depende de nós. Ler em voz alta para as crianças todos os dias ajuda a fortalecer as seguintes competências:
1) o amor pelos livros: ficam motivados com o impresso;
2) vocabulário: aprende a nomear os objetos;
3) consicência dos materiais impressos: compreender que os símbolos formam palavras e que a leitura liga-se às palavras;
4) habilidades narrativas: contar histórias e descrever coisas;
5) consciência fonológica: aprender a ouvir e a tocar pequenas palavras com sons;
6) conhecimento das letras: saber que as letras tem sons e nomes diferentes.

Fonte: Little Urbanites

quarta-feira, 9 de março de 2011

Não existem supermães...

... existem mães mais ou menos informadas sobre os seus direitos. Durante a gravidez somos inundadas com uma série de informações que necessitam de ser constantemente filtradas e analisadas criticamente. Essas mensagens são, inúmeras vezes, carregadas de estereótipos e mitos sobre a maternidade, como lembram as pesquisadoras Susan Douglas e Meredith Michaels. Um desses mitos está obviamente ligado com as dores do parto. Na Europa as mulheres têm sido encorajadaas ao parto natural. Uma discussão muito oportuna foi recentemente lançada no Reino Unido a respeito e inclui o direito das mães a ter epidural. Assista ao vídeo aqui

sexta-feira, 4 de março de 2011

Qual a função da escola...

...na era da informação? Esta dúvida habita frequentemente a cabeça das mamãs: afinal, meu filho vai para escola para aprender a mexer no computador, a ler jornais ou para adquirir conhecimentos de base? Para Jacques Gonnet, a escola é hoje um lugar em que se prepara para a vida. Segundo este autor, os pais que possuem alguma competência no campo dos media, engajam-se com mais facilidade aos projectos que envolvem a educação dos seus filhos.
Aproveito a indicação deixada no blogue Jornal e Educação, para vos sugerir uma boa e descomplicada leitura. "Educação e mídias", de Jacques Gonnet.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Maternidade" é nome da nova série...

...da TV pública portuguesa, RTP1, que estreiou no dia 30 do mês passado. A produção da SP Televisão começou a ser filmada em junho de 2010 e terá 13 capítulos. Narrará a história de uma equipa, particularmente o drama de uma médica, representada por Lúcia Moniz, que tenta salvar uma maternidade em risco de fechar. Num curto esapço de tempo, esta é segunda série transmitida pela rede pública que sobre o tema saúde e parentalidade. A outra é "Pai à força", que narra a história de um médico que é "forçado" a cuidar de três crianças cujos pais faleceram num acidente. Assim, "Maternidade", produzida "para ser o mais parecido possível com a realidade" feita por meio de um relato ficcional, oferece mais uma oportunidade de "ver" e discutir a saúde materna na esfera pública.Com enfoque totalamente diferente, mas para completar a dose de temas ligados à saúde na televisão pública, o programa "Serviço de Saúde", coordenado por Maria Elisa, volta a ser exibido.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Facebook é para adultos?

Para Michelle Obama, a resposta é sim. A primeira dama dos EUA declarou recentemente que não permite que suas filhas de 12 e 9 anos tenham acesso a uma conta no Facebook. O fato de ser mulher de Barack Obama, torna Michelle uma das mães mais influentes do mundo, mas a proibição não parece surtir efeito para além dos muros da Casa Branca. De acordo com pesquisas realizadas pela Pew Internet Research mais de 90% dos jovens entre 12 e 17 estão conectados à internet e desses 73% fazem uso de redes sociais como o Facebook. A questão que acompanha esta proibição gira em torno de qual a idade ideal para o uso das redes sociais: 13,14, 15? Mas será esta a questão mais importante? Alguns especialistas argumentam que a idade não é importante mas a questão está em encontrar o equilíbrio entre o uso das redes sociais e os relacionamentos vividos cá fora. Para outros, tal como Andrew Keen, a questão reside em como as redes sociais minam a privacidade das crianças, pois muitas crianças e, menos ainda os pais, não têm capacidades suficientes para personalizar a interface da rede social.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O anúncio da gravidez...

...da atriz hollywoodiana Jéssica Alba feita hoje no Facebook (re)abre um debate muito importante sobre a maternidade na esfera pública. Do modo como a maternidade deixou de ser um evento familiar e íntimo para ser celebrado como um acontecimento público e mediático. Um fato interessante é que o anúncio foi feito por meio de uma rede social que acabou servindo de fonte para inúmeras publicações online. Chamo a atenção, neste caso, não para a gravidez em si, mas para os seus desdobramentos: as expecttivas que depois são geradas relativamente ao que deve ser a maternidade. O anúncio feito pelo facebook gera um sentido de identificação por parte de uma legião de seguidores. Não supreenderá como a gravidez de Alba servirá para vender dados produtos de beleza, alimentação orgnánica (da qual a atriz diz ser adepta), vestuário e uma série de outros produtos para bebés, que estão muito mais ligados a determinados estilos de vida (o de Alba certamente não corresponderá ao da maioria) do que, propriamente àquilo que pressupõe uma gravidez segura.
Um último ponto que deve ser salientado, mas não o menos importante, é o pedido de apoio público para a sua gravidez. Essa atitude criando uma aura de proximidade afetiva com o público que só existe no cenário mediático.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Com um alto nível de mortalidade infantil...

...os EUA lançaram mão de uma ferramenta para tirar dúvidas às futuras mamãs e mães de fresco. Text4baby, uma espécie de "supernany" eletrónica para mães, faz um ano neste mês e já tem auxiliado milhares de mães a ter uma gravidez saudável. As mensagens, de até 160 caractéres, são enviadas via sms, bastando para isso que as mulheres se inscrevam no programa, através do próprio aparelho de telefone móvel. As mensagens, escritas em inglês ou espanhol, são gratuitas e supervisionadas por especilistas. De acordo com artigo do jornal The New York Times on line, o projeto deverá ser extendido para cobrir outros cuidados na infância, obesidade e até tabagismo. Como é óbvio, só as mensagens não garantem uma gravidez segura e, por isso mesmo, também envia mensagens para lembrar as futuras mamãs sobre a importancia de consultar um médico, afinal, durante a gravidez, as mulheres têm muita coisa de que se lembrar. Era bom que soubessemos de iniciativas dessas também em Língua Portuguesa.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ler as letras miúdas...

...antes de efetuar um contrato é trabalhoso e, muitas vezes, com base na confiança depositada na parte contratada essa leitura é dispensada. Ocorre que a internet é um grande centro comercial e uma multiplicidade de aplicativos estão disponíveis para serem descarregados por crianças, muitas vezes a um alto custo. E, uma vez que há aceitação de ambos os contratantes, torna-se difícil desfazer o negócio.
Ora, "será que nos devemos chatear com as empresas que disponibilizam esses aplicativos ou isso é sinal de que nós, os pais, precisamos de mais literacia mediática? A pergunta levantada hoje pela NAMLE _ National Association Media Literacy Education _ e decorre de um artigo publicado ontem no The Washington Post . O artigo, de autoria de John Kelly, enfatiza a importância de os pais se tornarem consumidores mais bem-informados, uma vez que as empresas existem (no mundo virtual ou cá fora) para fazer dinheiro. Pelo o que pude entender, o autor sugere que impedir esses descarregamentos, bloqueando-os, antes de partilhar o seu PC, IPad ou IPhone com seu filho, é uma lição a ser aprendida pelos pais. Se, por um lado, não há dúvidas sobre a necessidade de literacia digital, por outro, não estou certa de que o bolqueio dos aplicativos será a melhor forma de ensinar os nossos filhos como se comportar diante de tais ofertas. Gostaria, então, de abordar essa questão por uma outra perspectiva: fechar a chave a cristaleira da sala de jantar vai impedir que os copos se quebrem, mas ensinará algo aos nossos filhos sobre o perigo de se ferirem com os cacos?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

No dia da net segura...

...recomendo vivamente a leitura de um texto de opinião publicado ontem no jornal Página 1, de autoria do diretor do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho, Manuel Pinto. O texto é concluído com a seguinte afirmação: "Não há internet segura. Há pessoas mais ou menos seguras no uso da internet". Desde já é preciso dizer que a frase é um apelo para que se invista em literacia tecnológica, mas também, como o próprio autor refere, em literacia mediática, cívica e política.
Não, eu não pretendo dar aqui nenhum conselho sobre o uso seguro da internet. Diz o bom e velho ditado popular que se conselhos fossem bons eram vendidos.
Proponho, então, uma breve reflexão sobre o que vem a ser segurança e do nosso papel de mãe como provedoras desse sentimento. As minhas fontes provêm de interpretações psicanalíticas.
A nossa primeira ansiedade, após a nascença, é sermos segurados de modo inseguro (D.W. Winnicott). Nesta única afirmação conseguimos apreender, para além do seu sentido literal, pelo menos dois significados para o termo segurança.
O primeio é aquele que é sinónimo de ponto de apoio, de homeostase: o filho que se agarra à mãe e que é agarrado por ela para não cair. O equilíbrio é dado ao bebé pelo colo da mãe. O segundo é aquele que, sendo contrário à ideia de risco, aproxima-se da noção de confiança, que começa a ser moldada desde o nascimento.
Podemos dizer que "o estado geral de confiança implica não só que um indivíduo aprendeu a confiar na uniformidade e continuidade dos pais, mas também pode confiar em si mesmo e na capacidade dos seus orgãos para enfrentar os desejos urgentes; e que é capaz de se considerar suficientemente digno de segurança." (Erik Erikson)
Feitas essas duas considerações, proponho que pensemos agora na frase da seguinte forma: Não há internet segura. Há pessoas mais ou menos confiantes no uso da internet.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Damos alternativas...

...aos nossos filhos no que respeita ao tempo gasto com os media? Essa questão foi colocada há mais de dez anos por um investigador chamado Douglas Gentile, que se debruçou sobre os efeitos dos meios comunicação, nomeadamente nas crianças, mas continua muito atual.
Num estudo que realizou com David Walsh, Gentile diz que, embora o uso dos media possam ser controlados de várias maneiras, os pais não exercem esse controlo, estabelecendo regras fixas em casa, por exemplo.
Em muitos casos essa ausência de controlo não ocorre por falta de vontade dos pais, mas por desconhecimento do funcionamento dos media. Alguns pais alegam falta de tempo, mas falta de tempo é desculpa?
Não obstante os efeitos negativos dos media sobre os resultados escolares, Gentile afirma que a utilização dos meios de comunicação impresso ajudam a aumentar o vocabulário e a aumentar a habilidade com a leitura.
Gentile sugere que
o co-visionamento pode oferecer oportunidade para os pais filtrarem os valores mostrados pelos diferentes media, reforçando alguns e rejeitando outros, e ensinar as crianças a serem consumidores críticos dos media.
A mediação parental é imporante não apenas para aumentar a aprendizagem, a observação de regras sociais, e o pensamento crítico, bem como para reduzir o medo.
O mais importante na pesquisa de Gentile é como ele observa a consistência desse acompanhamento parental, pois as crianças têm nos pais modelos de comportamento. Assim, pouco ajuda dizer para os filhos para que não passem muito tempo em frente ao computador ou a ver televisão, se é isso que fazemos quanto estamos com eles.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"Crianças Ocupadas" ...

...é uma obra importante, lançada há um tempo atrás (2009) e que coloca a importância do papel dos pais para orientar a ocupação dos tempos livros dos seus filhos. A autora, Maria Jose Araújo, argumenta que a boa programação desses tempos pode ser decisiva para o futuro das crianças

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O contacto com os "novos" meios...

...de comunicação acontece cada vez mais cedo na vida das crianças. E não há dúvidas de que esse contacto na tenra idade é, em larga medida, oferecido pelas mães.
Como lembra Nobre-Correia (A cidade dos media, 1996), "durante a infância e adolescência, foi a televisão que na maior parte do tempo serviu de ama, que educou e iniciou para as coisas da vida".
Mas ao contrário do tom adoptado no livro, que coloca os media como substitutos dos pais que trabalham, os meios também podem servir para unir, de forma prazerosa, mães e filhos.
Sobram exemplos desse tipo de relação construtiva e enriquecedora. Um deles surgiu pela mãos da educadora americana Jen Stancil, que criou um blog para oferecer dicas sobre como as mães podem tirar melhor proveito das tecnologias digitais na educação dos seu filhos, ao ajudá-los no manejo de aplicativos de aparelhos móvies. Mobilemediamom foi criado no mês passado e deve dar dicas mensais sobre novos apps.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Duas pesquisas realizadas pela Pew Research...

... Center e divulgadas hoje através das redes sociais mostram-nos através dos números como as tecnologias da informação e da comunicação têm transformado a vida das atuais e futuras mamãs. A primeira delas relaciona-se com alterações na economia e com a busca por estabalidade financeira e como elas tiveram grande influência na queda do número de casamentos realizados nos últimos anos. O resultado da pesquisa mostra uma redução drástica no número de casamentos realizados em 1960 e nas uniões matrimoniais ocorridas em 2008. E o que isso tem a ver com ser mãe? A verdade é que o menor número de casamentos não impediu que as mulheres continuassem a engravidar, aumentando o número de mães-solteiras. Há aquelas mães que o fazem por opção, no entanto, há também aquelas que o fazem por falta de informação adequada. A informação, muitas vezes, existe, mas a mensagem que ela contêm nem sempre é interpretada corretamente.
A segunda pesquisa diz respeito ao uso da internet para a busca de informação de saúde. O resultado mostra que 80% dos usuários buscam esse tipo de informação on line e que 19% desses usuários buscam especificamente conteúdos sobre gravidez e parto. Esse item ocupa o terceiro lugar no interesse das mulheres que usam a internet com a finalidade de encontrar informações sobre saúde.

A ideia de trazer para o debate...

...alguns dos desafios impostos pela presença, cada vez maior, dos meios de comunicação na vida quotidiana e como essa ubiquidade dos media impacta no papel da mãe enquanto primeira educadora, surgiu no final do ano passado, no curso das pesquisas para a minha tese de doutoramento em Ciências da Comunicação.
A leitura de alguns autores da sociologia à psicanálise, da comunicação à neurociência, trouxe-me algumas pistas preciosas acerca da presença dos pais, sobretudo das mães, na aprendizagem durante os primeiros anos de vida e como essa etapa dos cuidados infantis terão reflexos na vida adulta.
Durante a gravidez, as futuras mamãs costumam fazer inúmeras projeções sobre o modo como vão educar os seus filhos. Nesse período, é normal que, devido às alterações hormonais, estejam mais sensíveis e emotivas, de forma a se tornarem mais susceptíveis.
Um mundo de dúvidas acompanha os pais desde os primeiros sinais de vida do bebé, ainda no ventre materno, até o momento em que a criança atinge a idade escolar (para alguns essas dúvidas nunca acabam!), na mesma medida em que informações sobre como se proteger e proteger o bebé surgem de todos os lados: através de familiares, amigos e, cada vez mais, dos meios de comunicação.
Do texto ao hipertexto, da televisão aos portáteis, dos telefones aos iphones, dos rádios aos ipods, e por aí a fora. Estamos a viver numa nova era e, quanto a isso, não há volta a dar. Já não é possível viver à margem das inovações tecnológicas e das mudanças por elas operadas na sociedade e na vida de cada um, em particular.
Assim, penso que qualquer mulher que, como eu, tenha dado à luz nos últimos anos deve se perguntar: o que muda na educação que eu dou ao meu filho em casa na era digital? Que competências essenciais eu devo adquirir enquanto mãe de um nativo digital? Como essas competências vão refletir na socialização do meu filho? Como é óbvio, essas não são perguntas fácis de responder e trazem a reboque muitas outras, para as quais as respostas serão igualmente difíceis ou, pelo menos, ambíguas.
Estou certa de que a aquisição de competências tais como saber aceder, no sentido de localizar informação útil e confiável, compreender, analisar e criar novos conteúdos de media, resultará não apenas em um aumento do pensamento crítico para as mães, a respeito daquilo que ouvem, vêem e lêem sobre o mundo das crianças, como será uma ferramenta valiosa na transmissão vertical de conhecimento, contribuindo para aumentar a segurança da criança nas suas próprias ecolhas.
É a partir dessas premissas que eu pretendo fazer deste blogue um lugar de discussão pública de uma literacia para mamãs. Aceitam-se colaborações.