segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
"Maternidade" é nome da nova série...
...da TV pública portuguesa, RTP1, que estreiou no dia 30 do mês passado. A produção da SP Televisão começou a ser filmada em junho de 2010 e terá 13 capítulos. Narrará a história de uma equipa, particularmente o drama de uma médica, representada por Lúcia Moniz, que tenta salvar uma maternidade em risco de fechar. Num curto esapço de tempo, esta é segunda série transmitida pela rede pública que sobre o tema saúde e parentalidade. A outra é "Pai à força", que narra a história de um médico que é "forçado" a cuidar de três crianças cujos pais faleceram num acidente. Assim, "Maternidade", produzida "para ser o mais parecido possível com a realidade" feita por meio de um relato ficcional, oferece mais uma oportunidade de "ver" e discutir a saúde materna na esfera pública.Com enfoque totalamente diferente, mas para completar a dose de temas ligados à saúde na televisão pública, o programa "Serviço de Saúde", coordenado por Maria Elisa, volta a ser exibido.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Facebook é para adultos?
Para Michelle Obama, a resposta é sim. A primeira dama dos EUA declarou recentemente que não permite que suas filhas de 12 e 9 anos tenham acesso a uma conta no Facebook. O fato de ser mulher de Barack Obama, torna Michelle uma das mães mais influentes do mundo, mas a proibição não parece surtir efeito para além dos muros da Casa Branca. De acordo com pesquisas realizadas pela Pew Internet Research mais de 90% dos jovens entre 12 e 17 estão conectados à internet e desses 73% fazem uso de redes sociais como o Facebook. A questão que acompanha esta proibição gira em torno de qual a idade ideal para o uso das redes sociais: 13,14, 15? Mas será esta a questão mais importante? Alguns especialistas argumentam que a idade não é importante mas a questão está em encontrar o equilíbrio entre o uso das redes sociais e os relacionamentos vividos cá fora. Para outros, tal como Andrew Keen, a questão reside em como as redes sociais minam a privacidade das crianças, pois muitas crianças e, menos ainda os pais, não têm capacidades suficientes para personalizar a interface da rede social.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
O anúncio da gravidez...
...da atriz hollywoodiana Jéssica Alba feita hoje no Facebook (re)abre um debate muito importante sobre a maternidade na esfera pública. Do modo como a maternidade deixou de ser um evento familiar e íntimo para ser celebrado como um acontecimento público e mediático. Um fato interessante é que o anúncio foi feito por meio de uma rede social que acabou servindo de fonte para inúmeras publicações online. Chamo a atenção, neste caso, não para a gravidez em si, mas para os seus desdobramentos: as expecttivas que depois são geradas relativamente ao que deve ser a maternidade. O anúncio feito pelo facebook gera um sentido de identificação por parte de uma legião de seguidores. Não supreenderá como a gravidez de Alba servirá para vender dados produtos de beleza, alimentação orgnánica (da qual a atriz diz ser adepta), vestuário e uma série de outros produtos para bebés, que estão muito mais ligados a determinados estilos de vida (o de Alba certamente não corresponderá ao da maioria) do que, propriamente àquilo que pressupõe uma gravidez segura.
Um último ponto que deve ser salientado, mas não o menos importante, é o pedido de apoio público para a sua gravidez. Essa atitude criando uma aura de proximidade afetiva com o público que só existe no cenário mediático.
Um último ponto que deve ser salientado, mas não o menos importante, é o pedido de apoio público para a sua gravidez. Essa atitude criando uma aura de proximidade afetiva com o público que só existe no cenário mediático.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Com um alto nível de mortalidade infantil...
...os EUA lançaram mão de uma ferramenta para tirar dúvidas às futuras mamãs e mães de fresco. Text4baby, uma espécie de "supernany" eletrónica para mães, faz um ano neste mês e já tem auxiliado milhares de mães a ter uma gravidez saudável. As mensagens, de até 160 caractéres, são enviadas via sms, bastando para isso que as mulheres se inscrevam no programa, através do próprio aparelho de telefone móvel. As mensagens, escritas em inglês ou espanhol, são gratuitas e supervisionadas por especilistas. De acordo com artigo do jornal The New York Times on line, o projeto deverá ser extendido para cobrir outros cuidados na infância, obesidade e até tabagismo. Como é óbvio, só as mensagens não garantem uma gravidez segura e, por isso mesmo, também envia mensagens para lembrar as futuras mamãs sobre a importancia de consultar um médico, afinal, durante a gravidez, as mulheres têm muita coisa de que se lembrar. Era bom que soubessemos de iniciativas dessas também em Língua Portuguesa.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Ler as letras miúdas...
...antes de efetuar um contrato é trabalhoso e, muitas vezes, com base na confiança depositada na parte contratada essa leitura é dispensada. Ocorre que a internet é um grande centro comercial e uma multiplicidade de aplicativos estão disponíveis para serem descarregados por crianças, muitas vezes a um alto custo. E, uma vez que há aceitação de ambos os contratantes, torna-se difícil desfazer o negócio.
Ora, "será que nos devemos chatear com as empresas que disponibilizam esses aplicativos ou isso é sinal de que nós, os pais, precisamos de mais literacia mediática? A pergunta levantada hoje pela NAMLE _ National Association Media Literacy Education _ e decorre de um artigo publicado ontem no The Washington Post . O artigo, de autoria de John Kelly, enfatiza a importância de os pais se tornarem consumidores mais bem-informados, uma vez que as empresas existem (no mundo virtual ou cá fora) para fazer dinheiro. Pelo o que pude entender, o autor sugere que impedir esses descarregamentos, bloqueando-os, antes de partilhar o seu PC, IPad ou IPhone com seu filho, é uma lição a ser aprendida pelos pais. Se, por um lado, não há dúvidas sobre a necessidade de literacia digital, por outro, não estou certa de que o bolqueio dos aplicativos será a melhor forma de ensinar os nossos filhos como se comportar diante de tais ofertas. Gostaria, então, de abordar essa questão por uma outra perspectiva: fechar a chave a cristaleira da sala de jantar vai impedir que os copos se quebrem, mas ensinará algo aos nossos filhos sobre o perigo de se ferirem com os cacos?
Ora, "será que nos devemos chatear com as empresas que disponibilizam esses aplicativos ou isso é sinal de que nós, os pais, precisamos de mais literacia mediática? A pergunta levantada hoje pela NAMLE _ National Association Media Literacy Education _ e decorre de um artigo publicado ontem no The Washington Post . O artigo, de autoria de John Kelly, enfatiza a importância de os pais se tornarem consumidores mais bem-informados, uma vez que as empresas existem (no mundo virtual ou cá fora) para fazer dinheiro. Pelo o que pude entender, o autor sugere que impedir esses descarregamentos, bloqueando-os, antes de partilhar o seu PC, IPad ou IPhone com seu filho, é uma lição a ser aprendida pelos pais. Se, por um lado, não há dúvidas sobre a necessidade de literacia digital, por outro, não estou certa de que o bolqueio dos aplicativos será a melhor forma de ensinar os nossos filhos como se comportar diante de tais ofertas. Gostaria, então, de abordar essa questão por uma outra perspectiva: fechar a chave a cristaleira da sala de jantar vai impedir que os copos se quebrem, mas ensinará algo aos nossos filhos sobre o perigo de se ferirem com os cacos?
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
No dia da net segura...
...recomendo vivamente a leitura de um texto de opinião publicado ontem no jornal Página 1, de autoria do diretor do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho, Manuel Pinto. O texto é concluído com a seguinte afirmação: "Não há internet segura. Há pessoas mais ou menos seguras no uso da internet". Desde já é preciso dizer que a frase é um apelo para que se invista em literacia tecnológica, mas também, como o próprio autor refere, em literacia mediática, cívica e política.
Não, eu não pretendo dar aqui nenhum conselho sobre o uso seguro da internet. Diz o bom e velho ditado popular que se conselhos fossem bons eram vendidos.
Proponho, então, uma breve reflexão sobre o que vem a ser segurança e do nosso papel de mãe como provedoras desse sentimento. As minhas fontes provêm de interpretações psicanalíticas.
A nossa primeira ansiedade, após a nascença, é sermos segurados de modo inseguro (D.W. Winnicott). Nesta única afirmação conseguimos apreender, para além do seu sentido literal, pelo menos dois significados para o termo segurança.
O primeio é aquele que é sinónimo de ponto de apoio, de homeostase: o filho que se agarra à mãe e que é agarrado por ela para não cair. O equilíbrio é dado ao bebé pelo colo da mãe. O segundo é aquele que, sendo contrário à ideia de risco, aproxima-se da noção de confiança, que começa a ser moldada desde o nascimento.
Podemos dizer que "o estado geral de confiança implica não só que um indivíduo aprendeu a confiar na uniformidade e continuidade dos pais, mas também pode confiar em si mesmo e na capacidade dos seus orgãos para enfrentar os desejos urgentes; e que é capaz de se considerar suficientemente digno de segurança." (Erik Erikson)
Feitas essas duas considerações, proponho que pensemos agora na frase da seguinte forma: Não há internet segura. Há pessoas mais ou menos confiantes no uso da internet.
Não, eu não pretendo dar aqui nenhum conselho sobre o uso seguro da internet. Diz o bom e velho ditado popular que se conselhos fossem bons eram vendidos.
Proponho, então, uma breve reflexão sobre o que vem a ser segurança e do nosso papel de mãe como provedoras desse sentimento. As minhas fontes provêm de interpretações psicanalíticas.
A nossa primeira ansiedade, após a nascença, é sermos segurados de modo inseguro (D.W. Winnicott). Nesta única afirmação conseguimos apreender, para além do seu sentido literal, pelo menos dois significados para o termo segurança.
O primeio é aquele que é sinónimo de ponto de apoio, de homeostase: o filho que se agarra à mãe e que é agarrado por ela para não cair. O equilíbrio é dado ao bebé pelo colo da mãe. O segundo é aquele que, sendo contrário à ideia de risco, aproxima-se da noção de confiança, que começa a ser moldada desde o nascimento.
Podemos dizer que "o estado geral de confiança implica não só que um indivíduo aprendeu a confiar na uniformidade e continuidade dos pais, mas também pode confiar em si mesmo e na capacidade dos seus orgãos para enfrentar os desejos urgentes; e que é capaz de se considerar suficientemente digno de segurança." (Erik Erikson)
Feitas essas duas considerações, proponho que pensemos agora na frase da seguinte forma: Não há internet segura. Há pessoas mais ou menos confiantes no uso da internet.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Damos alternativas...
...aos nossos filhos no que respeita ao tempo gasto com os media? Essa questão foi colocada há mais de dez anos por um investigador chamado Douglas Gentile, que se debruçou sobre os efeitos dos meios comunicação, nomeadamente nas crianças, mas continua muito atual.
Num estudo que realizou com David Walsh, Gentile diz que, embora o uso dos media possam ser controlados de várias maneiras, os pais não exercem esse controlo, estabelecendo regras fixas em casa, por exemplo.
Em muitos casos essa ausência de controlo não ocorre por falta de vontade dos pais, mas por desconhecimento do funcionamento dos media. Alguns pais alegam falta de tempo, mas falta de tempo é desculpa?
Não obstante os efeitos negativos dos media sobre os resultados escolares, Gentile afirma que a utilização dos meios de comunicação impresso ajudam a aumentar o vocabulário e a aumentar a habilidade com a leitura.
Gentile sugere que
O mais importante na pesquisa de Gentile é como ele observa a consistência desse acompanhamento parental, pois as crianças têm nos pais modelos de comportamento. Assim, pouco ajuda dizer para os filhos para que não passem muito tempo em frente ao computador ou a ver televisão, se é isso que fazemos quanto estamos com eles.
Num estudo que realizou com David Walsh, Gentile diz que, embora o uso dos media possam ser controlados de várias maneiras, os pais não exercem esse controlo, estabelecendo regras fixas em casa, por exemplo.
Em muitos casos essa ausência de controlo não ocorre por falta de vontade dos pais, mas por desconhecimento do funcionamento dos media. Alguns pais alegam falta de tempo, mas falta de tempo é desculpa?
Não obstante os efeitos negativos dos media sobre os resultados escolares, Gentile afirma que a utilização dos meios de comunicação impresso ajudam a aumentar o vocabulário e a aumentar a habilidade com a leitura.
Gentile sugere que
o co-visionamento pode oferecer oportunidade para os pais filtrarem os valores mostrados pelos diferentes media, reforçando alguns e rejeitando outros, e ensinar as crianças a serem consumidores críticos dos media.A mediação parental é imporante não apenas para aumentar a aprendizagem, a observação de regras sociais, e o pensamento crítico, bem como para reduzir o medo.
O mais importante na pesquisa de Gentile é como ele observa a consistência desse acompanhamento parental, pois as crianças têm nos pais modelos de comportamento. Assim, pouco ajuda dizer para os filhos para que não passem muito tempo em frente ao computador ou a ver televisão, se é isso que fazemos quanto estamos com eles.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
"Crianças Ocupadas" ...
...é uma obra importante, lançada há um tempo atrás (2009) e que coloca a importância do papel dos pais para orientar a ocupação dos tempos livros dos seus filhos. A autora, Maria Jose Araújo, argumenta que a boa programação desses tempos pode ser decisiva para o futuro das crianças
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
O contacto com os "novos" meios...
...de comunicação acontece cada vez mais cedo na vida das crianças. E não há dúvidas de que esse contacto na tenra idade é, em larga medida, oferecido pelas mães.
Como lembra Nobre-Correia (A cidade dos media, 1996), "durante a infância e adolescência, foi a televisão que na maior parte do tempo serviu de ama, que educou e iniciou para as coisas da vida".
Mas ao contrário do tom adoptado no livro, que coloca os media como substitutos dos pais que trabalham, os meios também podem servir para unir, de forma prazerosa, mães e filhos.
Sobram exemplos desse tipo de relação construtiva e enriquecedora. Um deles surgiu pela mãos da educadora americana Jen Stancil, que criou um blog para oferecer dicas sobre como as mães podem tirar melhor proveito das tecnologias digitais na educação dos seu filhos, ao ajudá-los no manejo de aplicativos de aparelhos móvies. Mobilemediamom foi criado no mês passado e deve dar dicas mensais sobre novos apps.
Como lembra Nobre-Correia (A cidade dos media, 1996), "durante a infância e adolescência, foi a televisão que na maior parte do tempo serviu de ama, que educou e iniciou para as coisas da vida".
Mas ao contrário do tom adoptado no livro, que coloca os media como substitutos dos pais que trabalham, os meios também podem servir para unir, de forma prazerosa, mães e filhos.
Sobram exemplos desse tipo de relação construtiva e enriquecedora. Um deles surgiu pela mãos da educadora americana Jen Stancil, que criou um blog para oferecer dicas sobre como as mães podem tirar melhor proveito das tecnologias digitais na educação dos seu filhos, ao ajudá-los no manejo de aplicativos de aparelhos móvies. Mobilemediamom foi criado no mês passado e deve dar dicas mensais sobre novos apps.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Duas pesquisas realizadas pela Pew Research...
... Center e divulgadas hoje através das redes sociais mostram-nos através dos números como as tecnologias da informação e da comunicação têm transformado a vida das atuais e futuras mamãs. A primeira delas relaciona-se com alterações na economia e com a busca por estabalidade financeira e como elas tiveram grande influência na queda do número de casamentos realizados nos últimos anos. O resultado da pesquisa mostra uma redução drástica no número de casamentos realizados em 1960 e nas uniões matrimoniais ocorridas em 2008. E o que isso tem a ver com ser mãe? A verdade é que o menor número de casamentos não impediu que as mulheres continuassem a engravidar, aumentando o número de mães-solteiras. Há aquelas mães que o fazem por opção, no entanto, há também aquelas que o fazem por falta de informação adequada. A informação, muitas vezes, existe, mas a mensagem que ela contêm nem sempre é interpretada corretamente.
A segunda pesquisa diz respeito ao uso da internet para a busca de informação de saúde. O resultado mostra que 80% dos usuários buscam esse tipo de informação on line e que 19% desses usuários buscam especificamente conteúdos sobre gravidez e parto. Esse item ocupa o terceiro lugar no interesse das mulheres que usam a internet com a finalidade de encontrar informações sobre saúde.
A segunda pesquisa diz respeito ao uso da internet para a busca de informação de saúde. O resultado mostra que 80% dos usuários buscam esse tipo de informação on line e que 19% desses usuários buscam especificamente conteúdos sobre gravidez e parto. Esse item ocupa o terceiro lugar no interesse das mulheres que usam a internet com a finalidade de encontrar informações sobre saúde.
A ideia de trazer para o debate...
...alguns dos desafios impostos pela presença, cada vez maior, dos meios de comunicação na vida quotidiana e como essa ubiquidade dos media impacta no papel da mãe enquanto primeira educadora, surgiu no final do ano passado, no curso das pesquisas para a minha tese de doutoramento em Ciências da Comunicação.
A leitura de alguns autores da sociologia à psicanálise, da comunicação à neurociência, trouxe-me algumas pistas preciosas acerca da presença dos pais, sobretudo das mães, na aprendizagem durante os primeiros anos de vida e como essa etapa dos cuidados infantis terão reflexos na vida adulta.
Durante a gravidez, as futuras mamãs costumam fazer inúmeras projeções sobre o modo como vão educar os seus filhos. Nesse período, é normal que, devido às alterações hormonais, estejam mais sensíveis e emotivas, de forma a se tornarem mais susceptíveis.
Um mundo de dúvidas acompanha os pais desde os primeiros sinais de vida do bebé, ainda no ventre materno, até o momento em que a criança atinge a idade escolar (para alguns essas dúvidas nunca acabam!), na mesma medida em que informações sobre como se proteger e proteger o bebé surgem de todos os lados: através de familiares, amigos e, cada vez mais, dos meios de comunicação.
Do texto ao hipertexto, da televisão aos portáteis, dos telefones aos iphones, dos rádios aos ipods, e por aí a fora. Estamos a viver numa nova era e, quanto a isso, não há volta a dar. Já não é possível viver à margem das inovações tecnológicas e das mudanças por elas operadas na sociedade e na vida de cada um, em particular.
Assim, penso que qualquer mulher que, como eu, tenha dado à luz nos últimos anos deve se perguntar: o que muda na educação que eu dou ao meu filho em casa na era digital? Que competências essenciais eu devo adquirir enquanto mãe de um nativo digital? Como essas competências vão refletir na socialização do meu filho? Como é óbvio, essas não são perguntas fácis de responder e trazem a reboque muitas outras, para as quais as respostas serão igualmente difíceis ou, pelo menos, ambíguas.
Estou certa de que a aquisição de competências tais como saber aceder, no sentido de localizar informação útil e confiável, compreender, analisar e criar novos conteúdos de media, resultará não apenas em um aumento do pensamento crítico para as mães, a respeito daquilo que ouvem, vêem e lêem sobre o mundo das crianças, como será uma ferramenta valiosa na transmissão vertical de conhecimento, contribuindo para aumentar a segurança da criança nas suas próprias ecolhas.
É a partir dessas premissas que eu pretendo fazer deste blogue um lugar de discussão pública de uma literacia para mamãs. Aceitam-se colaborações.
A leitura de alguns autores da sociologia à psicanálise, da comunicação à neurociência, trouxe-me algumas pistas preciosas acerca da presença dos pais, sobretudo das mães, na aprendizagem durante os primeiros anos de vida e como essa etapa dos cuidados infantis terão reflexos na vida adulta.
Durante a gravidez, as futuras mamãs costumam fazer inúmeras projeções sobre o modo como vão educar os seus filhos. Nesse período, é normal que, devido às alterações hormonais, estejam mais sensíveis e emotivas, de forma a se tornarem mais susceptíveis.
Um mundo de dúvidas acompanha os pais desde os primeiros sinais de vida do bebé, ainda no ventre materno, até o momento em que a criança atinge a idade escolar (para alguns essas dúvidas nunca acabam!), na mesma medida em que informações sobre como se proteger e proteger o bebé surgem de todos os lados: através de familiares, amigos e, cada vez mais, dos meios de comunicação.
Do texto ao hipertexto, da televisão aos portáteis, dos telefones aos iphones, dos rádios aos ipods, e por aí a fora. Estamos a viver numa nova era e, quanto a isso, não há volta a dar. Já não é possível viver à margem das inovações tecnológicas e das mudanças por elas operadas na sociedade e na vida de cada um, em particular.
Assim, penso que qualquer mulher que, como eu, tenha dado à luz nos últimos anos deve se perguntar: o que muda na educação que eu dou ao meu filho em casa na era digital? Que competências essenciais eu devo adquirir enquanto mãe de um nativo digital? Como essas competências vão refletir na socialização do meu filho? Como é óbvio, essas não são perguntas fácis de responder e trazem a reboque muitas outras, para as quais as respostas serão igualmente difíceis ou, pelo menos, ambíguas.
Estou certa de que a aquisição de competências tais como saber aceder, no sentido de localizar informação útil e confiável, compreender, analisar e criar novos conteúdos de media, resultará não apenas em um aumento do pensamento crítico para as mães, a respeito daquilo que ouvem, vêem e lêem sobre o mundo das crianças, como será uma ferramenta valiosa na transmissão vertical de conhecimento, contribuindo para aumentar a segurança da criança nas suas próprias ecolhas.
É a partir dessas premissas que eu pretendo fazer deste blogue um lugar de discussão pública de uma literacia para mamãs. Aceitam-se colaborações.
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