Férias são sinónimo de mais tempo livre.
Neste artigo, Balancing your family’s media consumption over the summer | MediaSmarts, Andrea Tomkins, oferece algumas pistas de como diversificar e mesmo limitar o consumo dos media em casa durante as férias.
Levar as crianças à biblioteca, promover jogos e brincadeiras no parque, na rua, ou planear viagens podem ser opções para os manter ocupados. Mas pode não funcionar, se as nossas férias não coincidem com as das crianças.
E, se cortar o sinal de TV a cabo durante o período que as crianças estão em casa parece-te um pouco radical, é sempre possível ministrar pequenas tarefas para que os miúdos conquistem o direito de estar à frente dos ecrãs (televisão, computador, tablet, etc).
Literacia para mamãs
Sou mãe de um nativo digital!
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Prendas de Natal: meu filho quer tudo o que vê na TV
As festas natalinas já batem à porta e nós já sabemos muito bem o que os nossos pequeninos querem do Pai Natal: brinquedos. Eles não querem um, dois ou três. Querem todos os brinquedos que são anunciados na TV durante os intervalos do seu programa infantil preferido.
Por mais que tentemos, é difícil e, por vezes, impossível, fazer com que crianças de 3, 4 anos de idade entendam que os fabricantes de brinquedo usam estratégias de media para vender os seus produtos.
Como as crianças nesta idade tendem a focar uma coisa de cada vez, eles não tem consciência de que nos últimos cinco minutos de intervalo comercial já pediram cinco prendas diferentes. Assim, como lembra Faith Rogow, especialista em literacia mediática para os muito pequeninos, é melhor impor limites, que tentar explicar que o brinquedo que eles veem na televisão e que lhes parece tão real não tem nada daquilo que a publicidade os faz pensar que tem. "Pois, assim como as crianças entendem que há determinadas coisas que podem fazer em casa, mas não podem fazer na escola ou na casa da avó, também compreendem que há coisas que só existem na TV ou no computador", afirma a pesquisadora.
Há maneiras mais eficazes de ensinar aos miúdos que os media são construções:
1) Peça-lhes para tentarem identificar quem narra a história. Esta identificação depende da idade da criança. Numa publicidade de brinquedos,por exemplo, é possível que um criança de quatro anos diga que o narrador é a menina ou o menino que brincam com o produto. Nunca idade mais avançada, já conseguem identificar o patrocinador ou a marca daquele brinquedo. Nenhum resposta é incorreta, porque os miúdos identificam como narrador aquele que lhes parece mais próximo e concreto. O importante nesta fase é despertar neles o hábito de se interrogarem.
2)Peça-lhes para contarem o que acabaram de ver. O modo como recontam a história revela-nos muito o que lhes passa pelas cabecinhas. Dar oportunidade para que as crianças falem sobre o que veem ou ouvem é uma maneira de lhes fazer pensar e falar sbre os media.
3)Mostre aos seus filhos os movimentos na TV, quando, por exemplo, uma imagem se afasta (panoràmica) e quano ela se aproximada (close). Isso pode ajudar-lhes a compreender que os media são construções, que alguém escolheu aproximar ou afastar a imagem. Mantenha papel e crayons sempre por perto. Peça-lhes, às vezes, que desenhem o que viram na TV. Eles podem desenhar uma casa e depois vocês todos podem brincar de descobrir as diferenças entre a casa em que moram e a casa da TV. Como a televisão não é só imagem, tente descobrir como as crianças se sentem cada vez que ouvem uma música ou som diferente. O que acontece após cada música.
Estas são dicas que nos podem facilitar o dia-a-dia e a não elouquecer com tantos pedidos. Todos estes conselhos talvez não evitem que os gastos imprevistos com prendas de Natal, mas certamente vai dar ao seu filhote algumas ferramentas para que ele possa ir compreendendo melhor o mundo em que vive.
E, para aqueles que, como eu, acharam úteis as dicas de Faith Rogow, deixo aqui link para o texto completo.
Por mais que tentemos, é difícil e, por vezes, impossível, fazer com que crianças de 3, 4 anos de idade entendam que os fabricantes de brinquedo usam estratégias de media para vender os seus produtos.
Como as crianças nesta idade tendem a focar uma coisa de cada vez, eles não tem consciência de que nos últimos cinco minutos de intervalo comercial já pediram cinco prendas diferentes. Assim, como lembra Faith Rogow, especialista em literacia mediática para os muito pequeninos, é melhor impor limites, que tentar explicar que o brinquedo que eles veem na televisão e que lhes parece tão real não tem nada daquilo que a publicidade os faz pensar que tem. "Pois, assim como as crianças entendem que há determinadas coisas que podem fazer em casa, mas não podem fazer na escola ou na casa da avó, também compreendem que há coisas que só existem na TV ou no computador", afirma a pesquisadora.
Há maneiras mais eficazes de ensinar aos miúdos que os media são construções:
1) Peça-lhes para tentarem identificar quem narra a história. Esta identificação depende da idade da criança. Numa publicidade de brinquedos,por exemplo, é possível que um criança de quatro anos diga que o narrador é a menina ou o menino que brincam com o produto. Nunca idade mais avançada, já conseguem identificar o patrocinador ou a marca daquele brinquedo. Nenhum resposta é incorreta, porque os miúdos identificam como narrador aquele que lhes parece mais próximo e concreto. O importante nesta fase é despertar neles o hábito de se interrogarem.
2)Peça-lhes para contarem o que acabaram de ver. O modo como recontam a história revela-nos muito o que lhes passa pelas cabecinhas. Dar oportunidade para que as crianças falem sobre o que veem ou ouvem é uma maneira de lhes fazer pensar e falar sbre os media.
3)Mostre aos seus filhos os movimentos na TV, quando, por exemplo, uma imagem se afasta (panoràmica) e quano ela se aproximada (close). Isso pode ajudar-lhes a compreender que os media são construções, que alguém escolheu aproximar ou afastar a imagem. Mantenha papel e crayons sempre por perto. Peça-lhes, às vezes, que desenhem o que viram na TV. Eles podem desenhar uma casa e depois vocês todos podem brincar de descobrir as diferenças entre a casa em que moram e a casa da TV. Como a televisão não é só imagem, tente descobrir como as crianças se sentem cada vez que ouvem uma música ou som diferente. O que acontece após cada música.
Estas são dicas que nos podem facilitar o dia-a-dia e a não elouquecer com tantos pedidos. Todos estes conselhos talvez não evitem que os gastos imprevistos com prendas de Natal, mas certamente vai dar ao seu filhote algumas ferramentas para que ele possa ir compreendendo melhor o mundo em que vive.
E, para aqueles que, como eu, acharam úteis as dicas de Faith Rogow, deixo aqui link para o texto completo.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Explicando como funciona os media aos pequeninos
Como pais, temos um papel importante na escolha dos conteúdos mediáticos que os nossos pequeninos consomem. Embora a vigilância não seja tão fácil à medida em que em eles crescem, é possível, explicar-lhes, desde pequeninos, como funcionam os media, com o intuito de povoar-lhes a mente com doses de pensamento crítico, ou seja, ter com eles "momentos de literacia mediática". Rebecca Hains aborda essa questão em seu texto Media literacy for preschoolers: Explaining how the media work | Rebecca Hains.
Rebecca e a família dela têm um modo muito particular de aceder aos conteúdos televisivos e que, de algum modo, facilita o controlo ao acesso a determinados conteúdos. Eu não creio, (aliás, estou certa de ), que o acesso por meio do Nexfit, por exemplo, que seja o mais comum. Mas, para ela, é importante que as crianças saibam, desde tenra idade, que não precisamos de muitas das coisas que os media, nomeadamente a Televisão (e, aqui, não importa o meio pelo qual o conteúdo televisivo é acedido) nos tentam vender. E que, "os anúncios televisivos não são neutros provedores de informação: eles têm um ângulo, uma agenda".
Daí a necessidade de explicarmos aos nossos filhos o funcionamento dos media. Podemos, tal como Rebecca, começar por dizer que os anúncios tentam influenciar nossos comportamentos e atitudes, criando em nós necessidades.
Rebecca e a família dela têm um modo muito particular de aceder aos conteúdos televisivos e que, de algum modo, facilita o controlo ao acesso a determinados conteúdos. Eu não creio, (aliás, estou certa de ), que o acesso por meio do Nexfit, por exemplo, que seja o mais comum. Mas, para ela, é importante que as crianças saibam, desde tenra idade, que não precisamos de muitas das coisas que os media, nomeadamente a Televisão (e, aqui, não importa o meio pelo qual o conteúdo televisivo é acedido) nos tentam vender. E que, "os anúncios televisivos não são neutros provedores de informação: eles têm um ângulo, uma agenda".
Daí a necessidade de explicarmos aos nossos filhos o funcionamento dos media. Podemos, tal como Rebecca, começar por dizer que os anúncios tentam influenciar nossos comportamentos e atitudes, criando em nós necessidades.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Cinco mitos sobre televisão e os nossos filhos
David é menino de quatro anos e nunca se interessou muito por televisão. Mas, agora, ele não apenas quer ver mais televisão como também quer passar mais tempo em frente ao computador a jogar. Às vezes, alterna entre uma atividade e outra. Sempre achei que, como outra atividade qualquer, é o bom senso quem determina quando parar. Sigo a máxima: tudo o que é demais é ruim. Aposto na diversidade. Mas achei interessante e, por esse motivo decidi compartilhar neste blogue, algumas dicas sobre a relação das crianças e a televisão, entre elas alguns mitos que costumamos carregar e que devem ser deitados por terra:
1) Se o conteúdo é educacional é bom para as crianças
FALSO. Os estudos mostram que nem sempre as crianças interpretam os conteúdos da forma como eles são mostrados
2) Não tem problemas deixar a TV como som de fundo.
ERRADO. Mesmo que as crianças não estejam vendo TV, o som de fundo pode ter impacto sobre elas
3) Crianças não devem ver televisão antes dos 2 anos.
Se for o caso disto, os pais devem evitar apenas que elas acedam a conteúdos para adultos e que a TV não seja o único meio de socialização da criança.
4) As crianças passam ao lado (ignoram) os filmes e shows de terror.
A VERDADE é que este tipo de conteúdos pode influenciar no sono dos pequenos.
5) Os e-books são distrativos.
Outro mito que devemos quebrar. Pois depende do uso que fazemos dele.
Deixo aqui o link da minha fonte de informação para quem quiser se aprofundar: How True Are Our Assumptions about Screen Time?
1) Se o conteúdo é educacional é bom para as crianças
FALSO. Os estudos mostram que nem sempre as crianças interpretam os conteúdos da forma como eles são mostrados
2) Não tem problemas deixar a TV como som de fundo.
ERRADO. Mesmo que as crianças não estejam vendo TV, o som de fundo pode ter impacto sobre elas
3) Crianças não devem ver televisão antes dos 2 anos.
Se for o caso disto, os pais devem evitar apenas que elas acedam a conteúdos para adultos e que a TV não seja o único meio de socialização da criança.
4) As crianças passam ao lado (ignoram) os filmes e shows de terror.
A VERDADE é que este tipo de conteúdos pode influenciar no sono dos pequenos.
5) Os e-books são distrativos.
Outro mito que devemos quebrar. Pois depende do uso que fazemos dele.
Deixo aqui o link da minha fonte de informação para quem quiser se aprofundar: How True Are Our Assumptions about Screen Time?
terça-feira, 8 de maio de 2012
Qual o melhor meio de comunicação nos dias de hoje?
Este blog transformou-se num lugar de encontros efêmeros, eu sei. Àqueles que costumavam segui-lo quando as postagens eram mais frequentes, minhas sinceras desculpas. E, assim, para tornar este reencontro especial, eu proponho um vídeo emocionante, que uma amiga partilhou no Facebook, sem se dar conta de que dava um grande presente. O vídeo - um TED, na verdade -, do ativista e educador indiano Bunker Roy, fala sobre a educação fora da escola. Entretanto, eu gostava de chamar a atenção para a valorização bem-humorada do nosso papel de mãe, de avó, de mulher na reprodução do conhecimento. Veja aqui.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
É possível proteger nossos filhos de todos os perigos?
Fonte: http://www.yapaka.be
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Mamãs nas redes sociais: novos alvos publicitários
As mães, nomeadamente aquelas que o serão pela primeira vez, têm sido um constante alvo para a publicidade. Veja neste link aqui, a campanha iniciada por uma marca de água conhecida que têm como alvo as futuras mamãs. Ainda que não tenha dados estatísticos, tenho notado que as redes sociais são canais cada vez mais frequentes para atingir esse segmento de público. As mensagens são, geralmente subtis, evocando o lado doce de ser mãe, mesmo nos momentos mais difíceis. E, mesmo o slogan da campanha, não foge à pressão sobre a maternidade: uma mãe deve ser criativa, bonita, jovem, sempre arrebitada. Era bom se fosse mesmo assim.
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